As florações
Quer lavar seus olhos com beleza? Você absolutamente precisa vir ao Vale do Café seguindo a época das florações. No verão, estradas ladeadas por quaresmeiras roxas e sabiás brancos são um espetáculo. No outono, Fedegosos e Margaridões Amarelos brilham nos campos. No inverno, Cipós de São João parecem raios laranjas nos barrancos e pés de café com perfumadas flores brancas acompanhados de Ipês Amarelos e Flores de São Miguel, chegam para anunciar a Primavera. Nela, uma explosão: Cássias rosas, Acácias, Bougainvilleas, Flamboyants… Acompanhe o calendário e programe-se.
VERÃO
JANEIRO FEVEREIRO
Jacarandá-Banana – Swartzia langsdorffi, é uma leguminosa nativa que dá fruto azulado. Imensa árvore, com abundante floração branca. Chamada também de Pacová de Macaco.
Cássias Amarelas – Árvores grandes de folhas rendadas, e flores amarelas. De longe a copa fica quase que totalmente amarela. Cobrem trechos grandes de floresta.
JANEIRO A MARÇO
Daturas – Trombetas de Anjo, nascem naturalmente na beira dos rios, principalmente na floração branca e rosa.
Lírios do Brejo – Os Hedychiuns coronariuns brancos estão no auge. Começam sua floração em dezembro e enchem os vales de perfume até março. Em alguns anos, vão até maio! É muito comum encontrar estradas com várzeas extensas, cheias da flor. Um espetáculo para apreciar: pare o carro e respire. Os lírios são amplamente usados em vasos de flor nos cômodos do Vale do Café pela sua beleza, mas principalmente pelo seu perfume maravilhoso.
FEVEREIRO A MARÇO
Quaresmeiras e Sabiás – A Quaresmeira, árvore sagrada na região, colore de roxo e rosa a Mata Atlântica entre Carnaval e Páscoa. Carrega no nome o indicativo da época especial da religião cristã, quando o padre se veste de roxo nas liturgias. Durante quarenta dias ela permanece em flor. As estradas ficam lindas ladeadas de roxo! No início de março, por duas a três semanas, os sabiás brancos, arbustos de pequenas flores, vem engrossar o coro. É uma experiência espetacular passear pelo Vale nesta época do ano.
Embaúbas – não são exatamente uma floração. Suas folhas cor de prata ficam ainda mais prateadas no verão e clareiam os matizes de verde na Mata Atlântica. Nativas do Brasil, são sagradas para os indígenas
OUTONO
ABRIL
Assa-peixe – arbusto que nasce em grandes moitas baixas. É comestível, medicinal e famoso na produção de mel. Enfeita a beira das estradas com muitas pequenas flores brancas.
Macela – pequenas flores amarelo sépia, em formato de agulha, que enchem campos e beira de caminhos.
MAIO
Fedegosos e Margaridões Amarelos, ou Flor De Maio – Fedegosos, arbustos amarelos, do bioma atlântico, aparecem pontuando os campos. Margaridões Amarelos (México) são grandes touceiras de 2 a 3 metros que ladeiam algumas estradas. Um espetáculo de energia que dura aproximadamente 3 semanas.
Bougainvilleas – Floração de Outono que segue até a Primavera.
INVERNO
JUNHO E JULHO
Cipós de São João – nativos, florescem no inverno com flores laranjas, em beiras de cerca ou pastos e seguem até o início da Primavera.
AGOSTO INÍCIO DE SETEMBRO
Ipê Amarelo – nativo da Mata Atlântica. O fim do inverno no Vale do Café é de paisagem pálida, cansada. Todos estão cansados da seca. Então, quando a esperança parece ter ido embora de vez, um milagre acontece: o ipê amarelo floresce. Por apenas uma semana, duas no máximo, ele brilha nas matas prometendo a primavera.
Mulungu Vermelho e Rosa – Erythrina mulungu, nativa da mata atlântica. No fim do inverno desponta, linda, nas cores vermelhas, como sinais de vida. A variedade rosa é mais rara, mas vista em algumas beiras de estrada. Seu tronco é revestido por farta camada de cortiça.
Café – Coffea. Final de agosto início de setembro, as flores brancas e perfumadas embelezam as plantações e dão esperanças de colheita farta. Um espetáculo que vale viver, na região berço da cafeicultura brasileira.
Flor de São Miguel ou Viuvinha – Petrea Volubilis, nativa do Brasil, floresce no final de agosto, início de setembro, anunciando a Primavera ao lado dos Ipês com lindas flores roxas e brancas.
PRIMAVERA
SETEMBRO
Acácias Imperiais ou Chuvas de Ouro – Cassia Fístula. Nativa da Índia. Lindas nas praças, ou em jardins, explodem em cachos amarelos. Impossível passarem desapercebidas.
Cássias Rosas – Cassia Grandis. Árvore da floresta atlântica de floração abundante rosa, que abelhas e animais silvestres amam.
Sibipiruna – dama de ouro da mata atlântica, é uma árvore alta e elegante, floresce absoluta em flores cônicas amarelas, de setembro a novembro.
Bougainvilleas ou Primaveras, trepadeiras da mata atlântica, são vistas ao longe em copas de árvores em seu estado natural, ou plantadas em jardins de fazendas e sítios.
Dálias(México), Rosas(China), Hibiscos (África), Coléus (Ásia), Ora Pro Nobis (Américas) – nos pequenos jardins de casas à beira das estradas é possível apreciar uma profusão de plantas de flor e folhagens coloridas (Coléus).
OUTUBRO
Sapucaia, árvore sagrada para os povos indígenas do Brasil, suas folhas adquirem cor rosa carne no meio da primavera com pequenas flores violetas. Símbolo de fartura com castanhas e potes de madeira, basta levantar o olhar em outubro e olhar atentamente a Mata Atlântica. Por aproximadamente um mês você verá sapucaias, que encantaram o paisagista Glaziou.
NOVEMBRO DEZEMBRO
Flamboyants – Nativa da África. Com sua espetacular floração vermelha, está presente em muitos jardins de fazendas, sítios.
Maria Sem Vergonha – Impatiens, nativa da África. Encontrada na beira de caminhos sombreados e jardins.