topografia

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O relevo no Vale do Café é peculiar e belíssimo. Um mar de colinas te espera. 

Para o visitante, estar atento à linguagem subliminar da Terra, é sensibilidade importante. A topografia, matéria prima da paisagem, provoca a cada passada, como quer, sentimentos, descobertas, mistérios, revelações… Há muito o que entender com ela em sua viagem por este território.

Charmosas formas arredondadas descortinam o Vale do Café misteriosamente. Nada é óbvio. É terra ancestral, suavizada pelo vento, que sabe a importância da discrição, para provocar interesse no viajante. 

O altiplano de colinas suaves, que nas extremidades da Serra do Mar, próximo às descidas para as baixadas fica mais escarpado, não entrega nada de primeira. Guarda segredos, bosques, campos, riachos, novidades.  

E água, muita água. 

No centro deste altiplano, um grande rio atravessa o território, irrigando com seus riachos a região.  O terreno fica um pouco mais plano quando se aproxima do Rio Paraíba do Sul. As baixadas são em geral pequenas, sempre entre colinas, dispostas em vales menores ou maiores. 

São contos de mil e uma noites, ou de mil e um montes: as colinas falam do movimento amoroso das inúmeras tentativas da terra em alcançar o céu. Ato poético gravado em relevo estático, e recontado pelos habitantes.

Além de tudo, contrastes: o Vale do Café é doce, sutil em sua camada externa, mas forte em sua base:  possui chão de rocha. Muito granito e pedreiras revelam a força que a suavidade esconde. E para surpresas encantadoras, não raro é possível encontrar quase na superfície, veios de cristais de montanha.

Deixe-se levar, subindo, descendo, contornando… e sentir o belo movimento da vida.

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